terça-feira, 12 de fevereiro de 2013



Eu quero um corpo onde cesse a fadiga e a sede,
a subversão do meu olhar.
Eu quero um corpo,
uma canção que se esqueceu do medo
que dispare rente ao inenarrável poder de dizer o que refulge,
que busque o percurso do mar,
um corpo que cheire a mar,
chegue em silêncio, que ascenda, que se deseje
e se deite, comigo, por dentro,
e anoiteça.
Eu quero um corpo que tenha a grandeza apátrida
dos pássaros,
a liberdade de amar.
 
_______________mariagomes

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