quarta-feira, 28 de dezembro de 2016


Da minha morte ninguém falará.
Fecharei os olhos ante paisagens reais.
A minha morte será um delírio,
um excesso, um cais, um desvio...
O que for,
tenho o desejo de não ser [...]



mariagomes


Da-me a claridade secreta
a claridade que cega
a claridade que sacia as migrações celestes
em sede.
Da-me o infinito milagre das mãos
palavras de neve
na raiz acesa de um campos de trevos.


Quero morrer no horizonte que seja
a labareda de um grito
ou no regaço dos desertos que escrevo.


mariagomes

Não sei dizer que te amo
E amo as árvores erguidas à semente azul ao sonho...
Que trigal vem ao meu canto?
Que ferida aberta atravessa devagar
a luz funda descoberta?
Não sei dizer que te amo
e o que amo.


mariagomes